Produção de café ganha incentivo com ação integrada de instituições
09/04/13 – A produção cafeeira do Brasil melhorou muito nos últimos anos, especialmente depois da criação do Consórcio Pesquisa Café, que reúne dezenas de instituições de ensino, pesquisa e extensão em prol da geração e transferência de tecnologia. Pesquisadores, agentes da cadeia produtiva e consumidores, cada vez mais conscientes da necessidade de investir em qualidade, se uniram para buscar a valorização do café produzido com base na sustentabilidade econômica, social e ambiental e em boas práticas agrícolas por meio da Produção Integrada. Esta semana, o Prosa Rural fala sobre a importância dessa forma de produção.
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A Produção Integrada de Café é constituída por normas técnicas para produzir alimentos de alta qualidade, por meio de mecanismos adequados de sustentabilidade que visam substituir antigas técnicas de produção que prejudicam o meio ambiente e que não asseguram, a longo prazo, uma agricultura sustentável. O Consórcio, juntamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e representantes do setor cafeeiro, reuniu esforços e contribuiu para a promoção de ampla discussão nos meios envolvidos sobre esse tema. O resultado foi o desenvolvimento de normas de boas práticas agrícolas para a produção de café dentro dos requisitos de segurança alimentar e de sustentabilidade de produção, levando em conta as peculiaridades da cafeicultura brasileira.
A norma favorece a rastreabilidade de toda a produção e o desenvolvimento de uma certificação nacional do produto, desde a instalação da lavoura até a comercialização. É um conjunto de princípios, muitos dos quais parte do dia a dia do produtor, que atende às exigências internacionais, de custos reduzidos e fácil aplicabilidade a pequenos e médios produtores organizados. A iniciativa busca excluir práticas inaceitáveis e propiciar uma melhora contínua de boas práticas agrícolas. É constituída de 16 princípios, muitos dos quais já fazem parte da rotina do produtor. A adesão ao sistema é voluntária até que o governo forneça as bases para que o produtor possa escolher por uma das certificações existentes no mercado.
De modo geral, eles incentivam melhorias na gestão da propriedade que, em médio e longo prazos, refletirão na adoção de técnicas produtivas com baixo impacto ambiental, qualidade diferenciada dos produtos e mais competitividade para o café brasileiro. O sistema é totalmente monitorado, isto é, toda tomada de decisão sobre a aplicação de pesticidas, de fertilizantes, de corretivos agrícolas, entre outros, só deve ser feita se o monitoramento indicar a necessidade, o que significa economia de custos com insumos agrícolas.
PI Brasil Café
O sistema foi inspirado em outros similares para café e, principalmente, no modelo já implementado com sucesso pelo Ministério da Agricultura para Produção Integrada de Frutas. Integrará o Programa Brasileiro de Produção Integrada e do Programa Brasileiro de Avaliação da Conformidade, do Inmetro. No País, é denominado Produção Integrada – PI Brasil Café. A previsão é de que seja implantado neste ano, sendo um dos principais objetivos do Planejamento Estratégico para o Desenvolvimento do Setor Cafeeiro (2012 a 2015).
Saiba mais sobre a Produção Integrada de Café ouvindo o Prosa Rural desta semana, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Ouça o Programa Prosa Rural, clique aqui.
Fonte: Embrapa