Pesquisadores da Embrapa planejam pesquisa com Caramuri


24/07/2012 Embora a fruta tenha despertado a curiosidade de muitos, a árvore do Caramuri  torna-se cada vez mais difícil de ser encontrada. Para a retirada dos frutos, que ficam na copa da árvore que é muito alta, as pessoas costumam derrubar o tronco para coletar os frutos e cada vez a árvore vai ficando mais difícil de ser encontrada na floresta.

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Nos próximos dias, os pesquisadores  da Embrapa Amazônia Ocidental, Roberval Lima, da área de silvicultura tropical, e Aparecida Claret, que trabalha com melhoramento genético e é responsável pela coleção de fruteiras tropicais, vão visitar um local de ocorrência natural da árvore, numa localidade ribeirinha chamada São Francisco do Caramuri, nas proximidades do município de Itacoatiara (AM). O local foi identificado pelo  idealizador do projeto ‘Caramuri- o nome da bola 2014′, Vaubel Mafra. Lá a equipe pretende coletar mudas nativas e sementes para iniciar experimentos de propagação da espécie.

Faz parte do planejamento dos pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental  organizar um curso de coleta de frutos e de sementes para que se evite derrubar a árvore. Além disso, serão feitos experimentos para a propagação e manejo da espécie, visando cultivos e preservação da espécie.

De acordo com o pesquisador da Embrapa, engenheiro florestal Roberval Lima, pretende-se adotar algumas linhas de pesquisa com essa espécie: primeiro a prospecção e coleta de germoplasma nas populações nativas para estabelecer banco de matrizes ex-situ (fora do local de ocorrência); a partir daí estudar os processos de germinação e conservação das sementes, estabelecer métodos para produção de mudas e estudar o manejo e a silvicultura de plantio da espécie.

O idealizador do projeto ‘Caramuri – o nome da bola 2014′,  Vaubel Mafra, esteve na Embrapa Amazônia Ocidental e apresentou palestra explicando porque sugeriu a fruta como nome da bola da Copa, que será sediada no Brasil. “A ideia é a seguinte,  se nós conseguirmos colocar o nome (Caramuri) na bola da Copa do Mundo isso irá chamar a atenção para a preservação da Amazônia como um todo, não só da flora, mas também da fauna, da água e das nossas riquezas”, afirma Mafra, que oficializou a sugestão em 2011 ao Ministério dos Esportes, à Federação Internacional de Associações de Futebol (Fifa) e à fabricante da bola, Adidas, e desde então vem divulgando a ideia em diversos fóruns,  principalmente nas capitais que serão sede do evento esportivo. Vaubel Mafra é natural do município de Maués (AM) e conta que  conheceu a fruta desde a infância e em seu município o fruto do caramuri é relacionado aos períodos de copa, a cada quatro anos, por isso o argumento para dar nome à bola oficial. De acordo com informações da campanha, o caramuri é uma fruta deliciosa e está cada vez mais rara, pois o modo de colheita é feito de forma predatória.

A fruta é pequena e nasce colada nos galhos que ficam na copa de sua imensa árvore que chega a medir 25 metros de altura. De acordo com relatos, as pessoas costumam derrubar a árvore para colher o fruto.

A divulgação do nome Caramuri para a bola da Copa, conta com vários materiais promocionais, como camisetas, adesivo de carro, folhetos e na rede social Facebook, conta com uma página exclusiva que pode ser localizada pelo nome ‘Caramuri Copa 2014′.  Também foi editado um minilivro com o conto infantojuvenil ‘Caramuri, festa na floresta’, de autoria da jovem escritora Laura Cavalcante.

Fonte: Ascom da Embrapa Amazônia Ocidental

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