Pesquisadores amazonenses articulam cooperação com cientistas africanos
Pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) participarão no período de 1º a 5 de dezembro, em Maputo, em Moçambique, de uma reunião técnico-científica no âmbito da Ação de Cooperação Internacional Brasil-África. Na pauta, a proposição de pesquisas conjuntas de problemas similares entre as realidades da Amazônia e Moçambique, tais como a sobrepesca e os impactos das ações antrópicas (do homem) sobre os recursos pesqueiros.
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A reunião tem como objetivo o desenvolvimento de projetos de pesquisa e atividades comuns nas áreas de pesca do interior, aquicultura e tecnologia pesqueira entre pesquisadores da Ufam e de instituições moçambicanas.
O governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), aportará recursos para a participação de dois pesquisadores da Ufam na reunião técnico-científica.
Segundo o pedido formulado pelo assessor de relações internacionais e interinstitucionais da Ufam à FAPEAM, Naziano Pantoja Filizola Júnior, na reunião também serão tratados detalhes operacionais para a oferta de disciplinas no Mestrado Profissional em Aquicultura, desenvolvido pela Universidade Eduardo Mondlane.
“A reunião em questão tem grande relevância estratégica para o processo de cooperação, uma vez que visa a construção de uma agenda comum de trabalho para o próximo triênio, incluindo a oferta de disciplinas no Mestrado Profissional pela Universidade Eduardo de Mondlane. Também prevê o reconhecimento da infraestrutura em Moçambique para o oferecimento dos cursos demandados, além de estudos comparados de fauna”, disse no pedido de concessão de passagens áreas encaminhado à FAP.
Parcerias
De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), a Ufam, através do Programa Estudantes – Convênio de Graduação (PEC-G), já desenvolve parceria com instituições africanas ao receber, desde 1998, estudantes do continente africano para cursar a graduação no Amazonas.
O PEC-G foi criado em 1965 pelo governo brasileiro com objetivo de fomentar as relações de cooperação acadêmica entre o Brasil e os países em desenvolvimento. O programa é conduzido pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Educação e oferece aos estudantes estrangeiros a oportunidade de realizar cursos de graduação em instituições de Ensino Superior no Brasil.
Saiba mais sobre o PEC-G
Ao longo desses anos, segundo relatório da Comissão Mista de Avaliação do Programa da Ufam publicado em 2013, a Universidade incorporou 59 alunos, sendo 44 do continente africano, sete da América do Sul e oito da América Central. O maior número de alunos egressos ocorreu nos últimos três anos, com destaque para a Guine Bissau e a República Democrática do Congo que tem 27% de alunos matriculados em cursos de Graduação da Ufam, de acordo com dados do MEC.
Segundo dados do MEC, na última seleção, realizada este ano, cinco estudantes de países africanos foram selecionados para cursar a Graduação na Ufam a partir de 2015.
Camila Carvalho – Agência FAPEAM