Museu da Amazônia desvenda curiosidades sobre a floresta


05/04/2013 – Peixes que respiram fora da água e armadilhas de pesca de até oito metros de comprimento são algumas das curiosidades que se pode conhecer de dentro da floresta e sem sair de Manaus. Basta fazer uma visita ao Museu da Amazônia (Musa) localizado na Reserva Adolfo Ducke, também conhecido como Jardim Botânico, bairro Cidade de Deus, zona norte.

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São cinco trilhas, 15 monitores e duas exposições para os visitantes conhecerem sobre a importância da floresta, explicou o biólogo Rodrigo Freire, assessor técnico do museu. As visitas são abertas ao público em geral e ocorrem de terça-feira a domingo, entre 9h e 11h30 e entre 13h30 e 16h30. A entrada é gratuita.

“Quem visita o Musa aprende sobre a importância da biodiversidade local, ciclagem de nutrientes, microclima. São conhecimentos que a sociedade moderna não tem. Hoje, a sociedade não faz ideia da importância da floresta”, destacou Freire.

Gestores e professores de escolas, públicas ou particulares, interessados em levar seus alunos ao Musa, podem ligar para o telefone (92) 3236-5326 e agendar a vista.

Uma das exposições é chamada de ‘Peixe e Gente’ e mostra a relação dos indígenas do Alto Rio Negro, do município de São Gabriel da Cachoeira, com o pescado.

“O peixe é a principal fonte de proteína na alimentação desses indígenas. Mas não é uma mera relação de caça entre o indígena e o peixe. A pesca para os indígenas é cercada de mitologia e crendices. São várias lendas vinculadas à formação dos peixes e dos rios”, explicou.

Ilustrações feitas pelos indígenas e exemplares das armadilhas que eles usam para pescar estão na exposição. A menor delas tem 30 centímetros de comprimento, mas também há armadilhas com até oito metros. Fotos, vídeos e documentários completam a amostra.

A outra exposição é chamada de ‘Sapos, Peixes e Musgos’ e mostra como esses seres transitam entre os ambientes aquático e terrestre. “O sapo, por exemplo, é um anfíbio que vive na terra, mas para se reproduzir precisa da água. Há ainda os peixes pulmonados que nadam até a superfície e respiram o ar fora da água. Esses peixes não têm pulmão, mas um estômago que faz a função do pulmão. A exposição mostra como esses animais vivem entre um ambiente e outro,” disse.

Além dos peixes e anfíbios, há os musgos, plantas do grupo de briófitas que não tem caule, mas que precisam de água para sobreviver. Por essa razão, elas são encontradas principalmente em áreas úmidas e alagadas.  A explicação de tudo isso ocorre por meio de aquários, fotos e da observação de dentro da floresta.

As exposições estão à disposição dos visitantes logo na entrada do Musa e também em duas tendas no meio da mata. O acesso às tendas ocorre pelas trilhas.

O Musa foi instituído em 2008 e aberto ao público em 2009. Está localizado no Jardim Botânico de Manaus, bairro Cidade de Deus, zona Norte. É uma instituição privada de interesse público, fundado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan).

As atividades do museu são realizadas com apoio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA),  da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O Musa conta com financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

“O Musa surgiu para ser um espaço de fornecimento de turismo e recreação para amazonenses e turistas do Brasil de outros países”, concluiu Freire.

Fonte: CIÊNCIAemPAUTA, por Cleidimar Pedroso

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