Municípios do AM terão internet banda larga no segundo semestre


Curitiba-PR – 09/03/2012 Até o início do segundo semestre deste ano, a população de sete municípios amazonenses passará a ter uma conexão com o resto do mundo por meio da banda larga, de forma veloz e eficiente.

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/iranduba1.jpgA expectativa é do Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Amazonas (Sect-AM), que  junto com a Telebras e Petrobras vão interligar as cidades de Coari, Anamã, Anori, Codajás, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba aos 383 quilômetros de cabo de fibra ótica instalados no gasoduto Urucu-Coari-Manaus.  

No município de Iranduba (a 27 km de Manaus), especificamente, a expansão da internet pela banda larga será viabilizada por meio de convênio no valor de R$ 2,5 milhões, com a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Por meio desse convênio, será feita a instalação de 35 quilômetros de fibra ótica, que interligará a capital Manaus ao município vizinho.

Nos outros seis municípios, a novidade é viabilizada por meio de Acordo de Cooperação Técnica entre Sect-AM, Prodam, Telebras e Petrobras, alinhado ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O início da implantação da banda larga no Amazonas foi anunciado pelo titular da Sect-AM, Odenildo Sena, durante o Fórum conjunto do Conselho Nacional de secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti) e Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), realizado nesta quinta e sexta-feira, 08 e 09/03, em Curitiba-PR.

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Segundo Sena, no próximo dia 14 de março, haverá em Manaus, uma reunião técnica entre a Sect-AM, src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/odenildo%20curitiba.jpgProdam, Telebras e Petrobras a fim de discutir os aspectos operacionais da implantação da banda larga nesses municípios.  No dia 15 de março, está programada a primeira vistoria (site survey) em Iranduba.  

O secretário informou ainda que essa iniciativa vai revolucionar o atual cenário de acessibilidade à internet pela população desses municípios do Amazonas. Atualmente, a conexão com a rede mundial de computadores nessas localidades ocorre de forma lenta e precária.  

O projeto do Governo do Amazonas prevê, além do compartilhamento de fibras da Petrobras e da Eletrobras, cobertura por satélite, além do contrato (já existente) com a Embratel, cuja rede liga Manaus a Porto Velho (RO).  

No entanto, o principal gargalo encontrado é a localização dos municípios, que dificulta a instalação de infraestrutura, conforme informou o secretário de C&T do Amazonas.

Segundo o diretor da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), atualmente, existe uma rede metropolitana, compartilhada pela rede, mas o tráfego no interior ainda é um fator complicador.

“Essa será a primeira infraestrutura que iremos colocar no ar na Amazônia, o que vai permitir a interligação de instituições de ensino e pesquisa de forma mais ágil e veloz. Além disso, vamos colocar as conexões dessas instituições no nível das que estão em grande área metropolitana”, afirmou o diretor da RNP, Nelson Simões.

Benefícios sociais são imensuráveis

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/mesaPNBLcuritiba.jpgO titular da Sect-AM e presidente do Consecti falou ainda sobre os pontos positivos que essa expansão trará para o Estado. “Isso trará benefícios para todas as áreas, como educação, saúde, segurança, atendimento ao cidadão. A ideia é conectar todas as instituições municipais, estaduais e federais, interligando todas as escolas, delegacias, hospitais. O Estado terá também uma economia muito grande com despesas de comunicação, tal como 50% com custos de telefonia e permitirá trabalhar a contento a telesaúde que exige nitidez na transmissão”, afirmou.

Nesse sentido, o gerente de Planejamento Empresarial da Telebras, Erivan Paiva, afirmou que o salto será de até 250 vezes mais na velocidade de tráfego na internet desses municípios. “A internet na Ufam e Ifam chegará a 1 giga byte de velocidade no interior, enquanto hoje contam com 4 megabytes de velocidade”, exemplificou Paiva.

Segundo ele, o impacto dessa iniciativa não é apenas social, mas econômico. “Estudo do Banco Mundial aponta um incremento de até 7% no PIB só com a implantação da Banda Larga”, afirmou. Paiva informou ainda que o custo para o usuário final sairá por,  no máximo, R$ 35/mega byte. “Isso impulsionará também o número de provedores que comercializam a internet nesses sete municípios, pois hoje só registramos apenas um, em Manacapuru”, completou Paiva.

Transformação: Facilidade às informações científicas

style=width:De acordo com a diretora-presidenta da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Maria Olívia Simão, a iniciativa converge com as metas do Governo do Estado na interiorização da Ciência, Tecnologia e Inovação no Estado do Amazonas.

A diretora-presidenta afirmou que a implantação da banda larga nesses municípios irá promover a interação dos campi do interior e facilitará o acesso de informações de dados fundamental para o desenvolvimento da pesquisa no Amazonas. “Com esse avanço, se torna mais fácil manter pesquisas científicas e tecnológicas no interior, interligando com grupos de pesquisa de excelência e permitindo, dessa forma, a produção integrada do conhecimento”, frisou Maria Olívia Simão.

Reunião em abril: Cidades Digitais

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/lygia%20cidades%20digitais.jpgDurante o Fórum Consecti-Confap, ficou acordado que na segunda semana de abril, em Brasília, haverá uma reunião do Consecti com a Secretaria de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações e Secretarias de Estados de Ciência e Tecnologia, a fim de fechar um acordo de cooperação técnica voltado para desenvolver ações do Programa Cidades Digitais nos municípios brasileiros.

Trata-se de um programa que prevê a  infraestrutura de conexão em órgãos e equipamentos públicos locais entre si e à internet, implementar pontos públicos de acesso à internet (pontos de acesso livre e telecentros), apoio à formação continuada de servidores públicos, monitores e multiplicadores e apoio a projetos de inovação de conteúdos e aplicações digitais.

Segundo a titular da Secretaria de Inclusão Digital do MC, Lygia Puppato, o projeto Cidades Digitais prevê parcerias entre órgãos e entidades da Administração Pública Federal e entidades da sociedade civil para ações de implantação de infraestrutura de conexão “Se você pensa no Brasil e suas características diferenciadas. Não dá para imaginar a inclusão digital se não tiver a estrutura de conexão. Temos nesse contexto um desafio enorme nas regiões Norte e Nordeste”, disse.

FIQUE POR DENTRO

Metas a serem alcançadas pelo Ministério das Comunicações (2012-2015):

40% das populações das classes D e E fazendo uso da internet; 70% das populações da classe C fazendo uso da internet; 70% da população fazendo uso da internet (seja em casa, no trabalho, em telecentros, etc.), levando em consideração desigualdades regionais e socioeconômicas Acesse aqui o Decreto do PNBL.

1. Imagem da cidade de Iranduba (crédito: Divulgação)
2. Odenildo Sena, titular da Sect-AM e presidente do Consecti (crédito: Carol Sena)
3. Maria Olívia Simão, diretora-presidenta da FAPEAM (crédito: Carol Sena)
4. Lygia Puppato, secretária de Inclusão Digital (crédito: Carol Sena)

 

Cristiane Barbosa – Agência FAPEAM

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