Instituto Mamirauá testa contagem para manejo do aruanã-branco
O aruanã-branco ou aruanã-prateado (Osteoglossum bicirrhosum) é um peixe de importância ecológica e econômica na Amazônia brasileira e em alguns países amazônicos vizinhos. Considerando as informações já existentes sobre ecologia, biologia e pesca dos aruanãs, assim como a relevância social das atividades de exploração e suas demandas, pesquisadores realizaram na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá um levantamento de estoque de aruanãs-brancos, adultos e filhotes, visando futuramente à exploração dentro de um sistema de manejo sustentável e conservação da espécie.
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A metodologia da contagem visual é uma adaptação à realizada no Peru, no Parque Nacional Pacaya Samiria. “Com sucessivas contagens, acreditamos que estas, caso sejam validadas, possam oferecer uma ferramenta barata e eficaz para estimar estoques de aruanãs e possam oferecer uma possibilidade de manejo para esta espécie”, afirma a pesquisadora Danielle Pedrociane, do Grupo de Pesquisa Ecologia e Biologia de Peixes do Instituto Mamirauá.
O processo de contagem envolveu pescadores locais. As contagens visuais foram noturnas, dentro de canoas pequenas. Cada canoa tinha duas pessoas, uma na proa (contador) facheando com apoio de lanterna de cabeça e outra na popa registrando a contagem (anotador).
Neste primeiro momento, a intenção é fazer o manejo de aruanã na reserva, no Amazonas, explica Danielle. Caso a prática seja bem-sucedida, a ideia é replicá-la em outros locais da Amazônia, a exemplo do trabalho realizado com o pirarucu.
Fonte: Ascom do MCTI