Como os animais nos veem é tema do próximo ‘Ciência às 7 e meia’
20/09/2013 – Por que a cutia tem hábitos diurnos, a capivara se movimenta mais no final da tarde e a paca é mais ativa à noite? E por que alguns animais enxergam mais que os humanos? E como “enxergar” a natureza com os olhos dos animais? As técnicas utilizadas pelos cientistas para chegar a essas conclusões orientarão a palestra do próximo ‘Ciência às 7 e meia’, dia 25 de setembro, às 19h30, no Teatro Direcional, Manauara Shopping (Piso Buriti), Av. Mario Ypiranga, Adrianópolis, zona centro-sul de Manaus. A palestrante é a neurofisiologista Silene Lima, professora doutora da Universidade Federal do Pará (UFPA). A entrada é gratuita.
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Segundo Lima, os cientistas utilizam, basicamente, três técnicas para chegar a essas conclusões: anatômicas, fisiológicas e comportamentais. Os estudos da pesquisadora se apoiam na anatomia das retinas dos animais. A técnica é dissecar os olhos dos bichos para pesquisar como as imagens chegam às suas retinas e são transformadas em sinais neurais. “O objetivo é identificar as células visuais, que são os cones e bastonetes. Os cones, relacionados à visão diurna, e os bastonetes à noturna. É a quantificação das células visuais que dá a indicação dos hábitos do animal”, explica a especialista.
Em relação às cores, a visão diz respeito às células receptoras das cores azul, vermelho e verde. Na ausência de uma delas, como ocorre com cachorros e gatos, os animais enxergam em preto e branco. O mesmo ocorre com o boi. “Ao contrário do que muita gente pensa, o touro ataca o toureiro em movimento e não a cor vermelha de sua capa”. Já os répteis e as aves têm visão muito mais colorida do que humanos, informa a pesquisadora.
Enquanto os primatas enxergam exatamente como o ser humano, outros animais, como o gavião, têm a visão mais aguçada. “Ele precisa dessa visão mais acurada devido a sua própria condição de predador, já que precisa capturar presas em movimento e detectá-las a grandes distâncias”, explica Lima.
Outras palestras
As palestras anteriores do projeto “Ciência às 7 e meia” estão disponíveis no canal do Musa no Youtube. Para assistir, acesse aqui.
Fonte: Musa
Edição: Luiz Guilherme Melo