Amazonas é primeiro estado do Norte a ter laboratório de Química de Alimentos certificado pela Renali


Aguiar

Jaime Aguiar, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) (Foto: Divulgação).

14/04/2014 – O Laboratório de Físico-Química de Alimentos (LFQA), localizado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), recebeu a certificação da Rede Nacional de Análise de Alimentos (Renali). A rede é formada por um conjunto de laboratórios públicos e de instituições sem fins lucrativos de todo o Brasil. A certificação se deu nesta terça-feira (08).

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De acordo com o coordenador do laboratório, Jaime Aguiar, o espaço foi estruturado dentro dos padrões da legislação de qualidade laboratorial, estabelecidos pela ISO 17.025, cuja creditação no país cabe ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

O Laboratório conta ainda com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), com a concessão de bolsas em projetos de pesquisas e o financiamento de equipamentos. “Por meio da FAPEAM temos realizado muitos projetos, a Fundação colabora ainda na divulgação dos resultados obtidos”, afirmou o coordenador do laboratório.

Pesquisador da Coordenação de Sociedade, Ambiente e Saúde (CSAS/Inpa), Aguiar disse que outro ponto importante é o apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), com o intuito de superar exigências técnicas, em serviços e na proteção da saúde, contribuindo com o desenvolvimento tecnológico e científico do Amazonas, de acordo com a demanda das empresas.

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Macarrão de farinha da casca de pupunha produzido no âmbito do laboratório (Foto: Divulgação)

Macarrão à base de casca de pupunha

Resíduos de frutas da Amazônia, geralmente descartados, podem ser transformados em produtos com alto teor nutricional, ricos em fibras e vitaminas com a ajuda do novo laboratório. Aguiar citou, por exemplo, o macarrão à base de farinha da casca da pupunha, desenvolvido por ele e pela pesquisadora Francisca Souza (CSAS/Inpa) e estudantes. O projeto também contou com o apoio financeiro da FAPEAM.

De acordo com Souza, a farinha da casca de pupunha revelou-se um produto com elevado potencial mercadológico e viável para o enriquecimento de alimentos ou a substituição parcial da farinha de trigo, podendo ser utilizada até na panificação. O estudo levou três anos para ser concluído. A partir da farinha, os pesquisadores produzem biscoitos, massas de macarrão e lasanha.

 

Isaac de Paula e Adriana Pimentel – Agência FAPEAM

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