Amazonas, terra de oportunidades é tema da Semana da Pátria e do Estado
05/09/2012 – Os investimentos estratégicos do Governo do Estado em formação de recursos humanos qualificados convergem com a temática da Semana da Pátria e do Estado deste ano: ‘Amazonas: terra de oportunidades’. Nesta quarta-feira, 05/09, data em que é celebrada a Elevação do Amazonas à Categoria de Província, estudantes de todas as zonas de Manaus apresentarão painéis ilustrativos ressaltando as características empreendedoras e naturais do Estado do Amazonas.
Organizada pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), a programação de 5 de Setembro iniciou às 8h, na Praça da Saudade (Centro de Manaus) com a homenagem póstuma ao primeiro presidente da Província do Amazonas: João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha.
O governador Omar Aziz assiste, nesta quarta-feira, 5 de setembro, ao Desfile Cívico Escolar, que acontece às 17h, no Centro de Convenções do Amazonas (Sambódromo). O evento reunirá mais de 10 mil estudantes de escolas públicas e militares de Manaus, além de entidades educacionais e sociais. O governador também confirmou presença no Desfile Militar de sexta-feira, 7 de Setembro, às 18h, no mesmo local.
Nesta sexta-feira, quando se celebra a Independência do Brasil, será realizada, às 17h30, a cerimônia de ‘Abafamento do Fogo Simbólico’ e logo depois, às 18h, terá início, também no Sambódromo, o Desfile Militar, reunindo as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
Temática da Semana da Pátria
A temática deste ano da Semana da Pátria e do Amazonas reflete os esforços do Governo para propiciar diversas oportunidades à população em geral. Na área de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I), por exemplo, o Estado tem despontado no cenário nacional por conta dos investimentos e articulações estratégicas do Sistema Estadual de CT&I, capitaneado pela Secretaria de Estado de Ciencia, Tecnologia e Inovação (Secti-AM), em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam).
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Ao longo dos últimos anos, o cenário científico foi completamente modificado. Houve um salto significativo no número de mestres e doutores, o que impacta diretamente na qualidade de ensino, pesquisa e inovação em diversos setores, inclusive o produtivo e empresarial, com geração de renda e empregos.
No geral, desde o início das atividades da FAPEAM, em 2003, até o final de 2011, foram 2.233 bolsas de pós-graduação (1.550 de mestrado e 683 de doutorado) concedidas, o que até então já resultou em 1.090 mestres formados e 208 doutores formados com o apoio do Governo do Estado por meio da FAP.
“Sabe-se que a condição básica para o desenvolvimento em bases sustentáveis de qualquer região ou Estado é a formação de capital humano altamente qualificado capaz de transformar o conhecimento em ganhos significativos para a sociedade”, afirmou a diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão.
No Amazonas, a necessidade de se ter esse tipo de capital humano é ainda maior, pois trata-se de uma região reconhecidamente diferenciada no que tange ao seu potencial sociobiodiverso. “Precisamos, portanto, transformar isso em efetiva geração de riquezas e oportunidades para a nossa população e isso não vai se dar sem a presença de recursos humanos qualificados pensando e atuando na e para a região”, declarou a presidenta.
Um outro indicador bastante promissor é de que a área de ciência, tecnologia e inovação (C,T&I) amazonense não sofrerá cortes orçamentários, ao contrário do cenário nacional. “O Governo tem não só mantido como também ampliado os investimentos nos sistema público estadual de CT&I. No biênio 2010-2011, por exemplo, a FAPEAM teve um crescimento de 30% no seu orçamento em relação ao biênio anterior”, informou Simão.
O titular da Secti-AM, Odenildo Sena, afirmou que o Amazonas é estratégico para o País e o trabalho está sendo articulado para transformá-lo na maior plataforma de referência em pesquisas na biodiversidade e biotecnologia. “A propalada soberania sobre a Amazônia exige domínio de sua complexidade, de sua vasta biodiversidade e potencialidade, da exploração sustentável de sua riqueza e do conhecimento de sua gente”, afirmou.
A História por trás das datas comemorativas
No dia 5 de setembro é comemorado a data da Elevação do Amazonas a Categoria de Província. A data faz referência a uma mudança na condição administrativa da antiga Comarca do Amazonas que era subordinada a Província do Grão-Pará e que a partir deste dia, em 1850, ganha autonomia administrativa e passou a ser mais uma província do Império do Brasil. Apesar dessa data estar oficializada em lei, o termo provincial só foi instalado dois anos depois, em 1852.
Para a professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e doutora em História, Patrícia Sampaio, esse fato marcou um novo momento político e administrativo na região. “Dessa forma, o Amazonas conquistou uma autonomia na administração dos negócios locais e uma condição de gestão diferenciada de igual para igual com as outras províncias que compunham a Império do Brasil àquela época”, explicou Sampaio.
Ainda, segundo a professora, o fato também marca um novo e importante momento em que o Amazonas nasce como um espaço autônomo seguindo uma nova trajetória histórica administrativa, quando ‘nascem’ os amazonenses.
Apesar das comemorações, Sampaio destaca que Manaus é uma cidade que ainda precisa ter mais cuidado com a sua história. "Isto é algo que deveria estar mais presente na pauta, a fim de que possamos preservar melhor o patrimônio arquitetônico, histórico, artístico e, principalmente, documental que remete a essa época”, alertou.
Patrícia Sampaio recomenda a preservação do que ainda existe e uma atenção especial da sociedade para que não se perca o que ainda resta. Existem alguns lugares que marcam a época da elevação do Amazonas. “Mas poderíamos ter muito mais. Precisamos valorizar estes locais para permitir ao cidadão ver, conhecer e saber. Sem o acesso a informação e ao conhecimento destes locais, fica mais difícil para as pessoas dimensionarem a importância de terem as memórias preservadas. Se não soubermos como chegamos até aqui fica mais difícil saber para onde vamos no futuro", enfatizou.
O Amazonas e a Independência do Brasil
Segundo Patrícia Sampaio, apesar de comemorarmos a independência do Brasil no dia 7 de setembro, as datas 15 de agosto e 9 de novembro de 1823 também são importantes para a Independência do Brasil, ou pelo menos dos Estados do Amazonas e Pará.
O dia 15 de agosto, no Pará, é um feriado que conta com uma adesão significativa da população, pois foi a data em que o Estado aderiu a Independência do Brasil, o que no Amazonas só aconteceu no dia 9 de novembro de 1823.
“Entendo que se nós quiséssemos comemorar a independência do Brasil nós deveríamos fazê-lo no dia 9 de novembro seguindo o exemplo do Pará quando decidiu que iria acompanhar o Brasil nesta nova aventura de construir um espaço independente de Portugal”, afirmou.
Sampaio destaca ainda que a adesão do Amazonas e do Pará a independência do Brasil foi o resultado de um arranjo político a partir do qual os dois estados passaram a acompanhar e integrar o Brasil a partir de 1823. “É uma história que não se deve deixar esquecer”, concluiu.
Agência FAPEAM