Feira de Ciências da Amazônia permite imersão no ‘mundo da ciência’

II Feira de Ciências da Amazônia ocorreu durante a 11ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT), realizada no Clube do Trabalhador (Sesi). (Foto: Camila Carvalho/Agência FAPEAM)
Dois meninos atrás de um balcão. Eles explicam com desenvoltura a adultos e crianças como a Matemática pode ser divertida. À distância, parecem dois experientes pesquisadores. Mas, na verdade, por trás das explicações matemáticas há dois jovens de 14 e 16 anos que, pela primeira vez, estão tendo a oportunidade de expor o projeto de pesquisa desenvolvido em sala de aula.
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Adriano Sena, 14 anos, e Davila Souza, 16 anos, são estudantes da Escola Municipal Deputado Ulysses Guimarães, no bairro Mutirão, em Manaus, e participam do projeto de pesquisa “Matemática Divertida”. Eles apresentaram o resultado do estudo na II Feira de Ciências da Amazônia, nas últimas quinta e sexta-feira (6 e 7/11), durante a 11ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT), realizada no Clube do Trabalhador (Sesi).
Eles estão desenvolvendo o estudo com aporte financeiro do governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). O projeto é realizado no âmbito do Programa Ciência na Escola (PCE).
“É a primeira vez que estou apresentando o projeto para tanta gente. Quando começamos a explicar o que aprendemos, o nervosismo vai embora. Aqui (Feira de Ciências) aprendemos outras temáticas e, além de expor o que fazemos, aprendemos com os trabalhos de outros estudantes”, disse Adriano Sena, estudante do 9º ano.

A II Feira de Ciências da Amazônia reuniu 50 projetos de pesquisa de escolas da rede pública municipal e estadual de Ensino. (Foto: Camila Carvalho/Agência FAPEAM)
Para o professor de História, Rosivaldo Moreira, a participação na feira fomenta o interesse dos alunos no ‘mundo científico’ e demonstra que fazer ciência “é mais fácil do que parece”. “É a chance que esses jovens têm de expandir seus horizontes e ter um futuro melhor. Em ambientes como esse, eles percebem que a ciência pode fazê-los mudar de vida, sendo cientistas e pesquisando seus ideais. É uma imersão no mundo da ciência”, disse.
A II Feira de Ciências da Amazônia reuniu 50 projetos de pesquisa de escolas da rede pública municipal e estadual de Ensino, além de quatro instituições particulares, que apresentaram os estudos desenvolvidos. Destes, 35 eram do PCE.
Jovem cientista
Que estudante nunca desejou transformar a sala de aula em um laboratório de Ciências? Isso se tornou realidade na Escola Municipal Vicente de Paula com a realização do projeto de pesquisa ‘Clube de Ciências’, idealizado pela professora de Ciências, Berenice dos Santos. O projeto também recebe apoio financeiro do governo do Estado, via FAPEAM, por meio do PCE.
Os estudantes Bruno da Cunha Moreira, 15 anos, e Alessandro Freire, 14 anos, do 9º e 8º ano, respectivamente, foram os responsáveis por explicar aos visitantes da Feira o que eles desenvolvem no Clube. “Fazemos atividades duas vezes por semana, com experimentos e testes de validação onde explicamos aos alunos da escola o que fazemos”, disse Bruno.
Para eles, expor para um grande público os resultados dos experimentos já não é mais novidade. No âmbito do PCE, os estudantes são preparados para desenvolver projetos de pesquisa e apresentá-los nas mais diversas feiras e congressos científicos. “Com o projeto, acabamos ficando experiente em apresentar trabalhos, a timidez foi embora e agora sabemos expor tudo que foi desenvolvido”, disse Alessandro.
Sobre o PCE
O programa consiste em apoiar, com recursos financeiros e bolsas, sob forma de cotas institucionais, estudantes de ensino fundamental e médio integrados no desenvolvimento de projetos de pesquisas de escolas públicas. O PCE é o resultado de uma parceria entre a FAPEAM, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-AM), e as Secretarias Estadual (Seduc) e Municipal (Semed) de Educação.
Camila Carvalho – Agência FAPEAM