A Cúpula de Copenhague está fadada ao fracasso por conta dos conflitos de interesses entre pa


Na edição de 25 de novembro deste ano da revista "Carta Capital", o colunista Antonio Delfim Netto ressaltou que "não há clima para salvar o clima na cúpula de Copenhague". Delfim se refere ao encontro dos principais países do mundo, em dezembro, para definir ações para resolver o problema do aquecimento global.

O fato é que os Estados Unidos e a China, os dois maiores emissores de gases de efeito estufa, assumiram, durante o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico, realizado no último dia 22 de novembro, que não há tempo para costurar nenhum tratado com força de lei.

Havia uma grande expectativa de que seria definido um acordo para que a Terra aqueça apenas 2% até 2020 (o Plano 450). Segundo Delfim, a posição dos dois países confirma a desconfiança de que os países ricos estavam determinados a transferir para uma próxima reunião, talvez em 2010, no México, as definições que os obrigassem a assumir metas de redução da emissão dos gases que aquecem o ambiente.

A Cúpula de Copenhague fica, agora, a mercê de algum comprometimento político de cortar as emissões. Por isso, a enquete desta semana da seção “Você Opina” quer saber qual a sua opinião sobre o assunto e lança a seguinte questão: “Você acha que a Cúpula de Copenhague, que será realizada em dezembro, está fadada ao fracasso antes mesmo de acontecer, por conta dos conflitos de interesses entre os países participantes?”

É o momento para você se posicionar, participe da enquete e deixe registrada a sua opinião.
 
Confira o resultado da enquete anterior

O resultado do último "Você Opina" traz à tona a necessidade de se refletir sobre as desigualdades sociais, reforçadas pela diferença de etnia, sexualidade, religião, entre outras. Com relação ao acesso de negros nas universidades do país, foram criadas cotas que determinam um número de vagas específico para esse público.

A solução virou polêmica e dividiu a opinião pública: para alguns, este era o caminho para garantir uma paridade social melhor para aqueles que até hoje convivem com diferenças econômicas e sociais decorrentes do longo período de escravidão sofrido pelos negros; para outros, é uma forma de ratificar essa diferença, uma vez que reforça o preconceito, estabelecendo acessos diferentes àqueles que, biologicamente, são iguais.

A diferença apontada pelo resultado da enquete, que questionava se as cotas para negros, já existentes para ingressar nas universidades, deveriam ser estendidas para mestrado e doutorado no Brasil, é bem expressiva. Um total de 156 votos foi computado, desses 73% responderam que não e apenas 27% responderam sim.
 


Agência Fapeam

 

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